No fechar de aspas do mês de março as chuvas caíram fartamente no Pio IX e no Cantinho, trazendo alegria e esperança ao nosso torrão. O que faz refletir que:
Chuva é o céu parindo vida. É o verde que brota, é o feijão na "bage", o caju no pé, é o milho na espiga. A árvore que cresce. É flor, é fruto.
É balde na bica. Barragem sangrando. Riacho botando. Cisterna cheia. É cacimbão com água o resto do ano.
É sapo desafinado, porém satisfeito, gritando aos quatro cantos com a força que tem nos peitos:
"Sobrevivemos!"
É a roça com pasto. A ovelhada gorda. É vaca com leite. É leite, coalhada, queijo, canjica, doce.
É passarinho cantando de papo estufado. É ninho, é bruguelo. É azul, amarelo, bicho de toda cor.
É calango no seu balançar de cabeça, com aquele ar de teimoso que ganhou discussão: "A gente é forte, meu irmão!".
É enxada, é arado. É calo na mão. É menos favor e menos patrão.
Chuva é o riso na cara do sertanejo. É festa no sertão.
Por: Rômulo Maia de Alencar
Fotos e vídeos: Luís Pereira de Alencar
Fotos e vídeos: Luís Pereira de Alencar
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